A subscrição digital eficiente é hoje o fator decisivo para a vantagem competitiva no setor de seguros. Em um ambiente marcado por margens apertadas, exigências regulatórias crescentes e consumidores que esperam respostas em tempo real, depender de processos lentos e centralizados se tornou um risco estratégico. Para as seguradoras brasileiras, conquistar agilidade e autonomia operacional nas decisões de risco é mais do que uma meta: é uma necessidade.
A urgência da transformação no Brasil
Apesar dos avanços tecnológicos no setor, a distância entre intenção e execução ainda é um desafio. Segundo a KPMG, 78% das seguradoras brasileiras pretendem reduzir sua base de custos em pelo menos 10% até 2030, um número acima da média global. No entanto, apenas 11% se consideram bem-sucedidas em sua jornada de transformação. O principal gargalo? Fricções operacionais e dependência excessiva da TI para ajustes simples.
Em um cenário onde a capacidade de responder rapidamente a mudanças regulatórias ou comportamentais é essencial, a baixa autonomia das áreas de negócio compromete não apenas a eficiência, mas a inovação. Isso se reflete diretamente na subscrição: processos rígidos, lentos e baseados em regras difíceis de alterar limitam o crescimento.
Subscrição como diferencial competitivo
A próxima fronteira da transformação digital está nos motores de decisão inteligentes, alimentados por dados em tempo real e operados com autonomia pelas áreas de risco e negócios. Essa mudança é viabilizada por uma nova geração de plataformas de IA focadas na subscrição, prevenção à fraude e gestão de sinistros.
Essas soluções trazem três pilares centrais para o setor de seguros:
1. Autonomia e velocidade (crie)
O modelo tradicional, em que qualquer mudança em regras exige semanas de espera e intervenção da TI, está com os dias contados. Com plataformas no-code, os próprios times de subscrição e fraude conseguem criar, iterar e ajustar fluxos de decisão com agilidade, sem escrever uma linha de código.
Subscrição visual e iterativa: Árvore de decisão em tempo real, ajustável com base em dados de performance.
Melhoria contínua: Ciclos curtos de aprendizado permitem testar hipóteses, medir impacto e otimizar resultados com rapidez.
Mais aprovações, menos perdas: Processos mais ágeis significam cadastros concluídos rapidamente, menos abandono e maior capacidade de detecção de riscos reais.
Esse tipo de abordagem já vem sendo adotado por líderes globais. Segundo o estudo “Insurance Transformation: The New Agenda”, 40% dos executivos identificam a digitalização de funções-chave como o principal vetor de aumento de rentabilidade nos próximos dois anos.
2. Controle e governança (monitore)
Transformar decisões operacionais com IA exige também controle rigoroso e rastreabilidade — especialmente em um ambiente regulatório como o brasileiro.
Intervenção manual com supervisão: Interfaces intuitivas permitem que os gestores auditem e ajustem decisões automatizadas quando necessário.
Auditoria simplificada com IA: A plataforma gera resumos automáticos e rastreamento completo das decisões, facilitando compliance e investigação.
Transparência ponta a ponta: Da criação de regras à revisão manual, todas as etapas são visíveis e auditáveis em uma única tela.
Esse nível de governança é o que diferencia projetos sustentáveis de tentativas frustradas de automação. Como destacou o relatório da KPMG, apenas 14% das seguradoras globais se consideram bem-sucedidas em suas estratégias de transformação — muitas vezes por falta de governança e alinhamento estratégico.
3. Otimização contínua e inovação (otimize)
A subscrição inteligente não é um destino, mas um processo constante de melhoria. A capacidade de testar novos critérios, avaliar impacto e iterar rapidamente é o que torna uma seguradora adaptável.
Ambientes de sandbox e testes A/B: Permite rodar backtests com dados reais, sem interferir na operação.
Análises preditivas e agrupamentos inteligentes: Machine learning aplicado para identificar padrões e sugerir melhorias.
Métricas práticas para decisão: Dashboards orientados à ação, desenvolvidos para os analistas e gestores que atuam na linha de frente da decisão.
Além disso, há um aspecto cultural essencial: a prontidão organizacional para lidar com IA. Um estudo global da Kyndryl revelou que 71% dos líderes afirmam que sua força de trabalho ainda não está pronta para tirar o máximo proveito da IA. Isso reforça a importância de plataformas que sejam acessíveis, transparentes e que empoderem os times de negócio, e não apenas os técnicos.
O caminho para um modelo resiliente e competitivo
Ao investir em plataformas que dão autonomia para as áreas de risco, as seguradoras brasileiras conseguem ir além da eficiência operacional. Elas constroem um modelo resiliente, orientado por dados, governado com responsabilidade e com capacidade real de inovação contínua.
Essa abordagem também permite enfrentar os três grandes desafios apontados por executivos brasileiros no estudo da KPMG:
Falta de coordenação de mudanças
Ausência de responsabilização clara
Desalinhamento da liderança em torno da transformação
A subscrição inteligente pode funcionar como vetor de alinhamento estratégico: ela conecta diretamente a tomada de decisão do dia a dia com os objetivos maiores de competitividade e sustentabilidade.
A decisão começa agora
A transformação na subscrição já está em curso, e quem ainda depende de processos engessados, aprovações lentas e fluxos manuais está perdendo espaço. O diferencial competitivo no setor de seguros não virá apenas da tecnologia, mas da capacidade de colocá-la nas mãos certas, com controle, velocidade e responsabilidade.
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Publicado em
14 de out. de 2025