Por que 65% dos subscritores estão perdendo a revolução da IA no setor de seguros

A revolução da IA na subscrição: só 35% estão prontos

A subscrição de seguros vive um ponto de inflexão histórico. Tecnologias de Inteligência Artificial (IA) estão redesenhando fluxos, decisões e resultados em uma área que, até pouco tempo, dependia quase exclusivamente do julgamento humano e de processos manuais. Ainda assim, segundo o relatório State of Underwriting 2025, apenas 35% das seguradoras aplicam IA na triagem de submissões — o momento mais crítico da decisão de aceitar ou não um risco.

Ou seja, 65% dos players do mercado seguem operando com ferramentas obsoletas em um contexto de alta complexidade e competição. Estão perdendo produtividade, eficiência e, sobretudo, a capacidade de tomar decisões estratégicas em tempo real.

A raiz do problema: tempo perdido, visão limitada e sistemas desconectados

Três grandes gargalos explicam a estagnação da maioria das seguradoras:

1. Tempo gasto em negócios inviáveis

Subscritores ainda seguem fluxos do tipo FIFO (first-in, first-out), analisando submissões sem priorização baseada em dados. O impacto é direto: 26% do tempo é consumido com propostas que nunca se concretizam. Em vez de focar no risco certo, gasta-se energia onde não há oportunidade.

2. Falta de visibilidade em tempo real

Dados do mercado mostram que 73% dos subscritores enfrentam "cegueira de portfólio". Operam com relatórios defasados — com até 8 semanas de atraso — e sem conexão com o apetite de risco atual. Isso compromete a assertividade e eleva o risco de acúmulos indesejados.

3. Fragmentação tecnológica

Não é raro encontrar subscritores lidando com 6 a 10 sistemas diferentes no dia a dia. Esse ambiente fragmentado favorece erros manuais, quebra de contexto e perda de foco no que realmente importa: a análise de risco inteligente e estratégica.

Por que a IA ainda não decolou?

Se a tecnologia está disponível e os benefícios são claros, o que explica a baixa adoção?

• Legados limitantes

Muitas seguradoras ainda operam com sistemas herdados do passado, feitos para digitalizar papel, não para tomar decisões dinâmicas. A integração da IA nesses ambientes é um desafio citado por 71% das empresas.

• Diretrizes estáticas

Mais da metade dos subscritores ainda se orienta por PDFs e planilhas, sem atualizações em tempo real. Essa prática compromete a adaptação ao apetite de risco em constante evolução.

• Falta de coordenação e liderança

De acordo com o estudo Insurance Transformation – Recorte Brasil da KPMG, 78% dos líderes brasileiros apontam dificuldades em coordenar mudanças e alinhar a liderança em torno de uma agenda comum. Apenas 11% se consideram bem-sucedidos na jornada de transformação.

O que os 35% estão fazendo de diferente?

As seguradoras que lideram essa transformação já colhem resultados expressivos. Segundo o mesmo relatório da Federato, 62% das que adotaram IA em subscrição afirmam que a tecnologia superou expectativas.

Veja o que está por trás desse sucesso:

Triagem inteligente com IA

Soluções de IA modernas ingerem dados históricos, apetite atual, perfil de cliente e contexto de mercado para priorizar submissões com maior chance de conversão e valor estratégico.

Mais tempo para decisões complexas

Empresas como a Velocity Risk demonstram ganhos claros: aumento no volume processado, redução no tempo de cotação e redirecionamento dos subscritores para interações de maior valor com corretores e clientes.

Ajustes dinâmicos em tempo real

Plataformas baseadas em IA já conseguem ajustar orientações automaticamente quando o portfólio se aproxima de limites de exposição — evitando riscos de acumulação ou surpresas de resseguro.

IA agentic: além da automação

Estamos vendo o surgimento de sistemas “agentic”, capazes de agir de forma autônoma, como investigar um potencial segurado, compilar informações, gerar alertas e até redigir e-mails de recusa com base em dados.

O risco de ficar para trás

Manter processos manuais e estruturas legadas não é mais uma escolha inofensiva — é uma ameaça estratégica. Segundo a KPMG, 75% das seguradoras planejam cortar custos em pelo menos 10% até 2030, mas só 14% se consideram bem-sucedidas na transformação. No Brasil, esse índice cai para 11%.

Sem IA, as seguradoras enfrentam:

  • desperdício de tempo e recursos;

  • maior exposição a riscos acumulados;

  • perda de competitividade;

  • aumento do custo de resseguro.

A janela de oportunidade está aberta — mas não por muito tempo

A IA em subscrição não é mais promessa — é vantagem competitiva comprovada. Mas o tempo está correndo. À medida que o mercado avança, as ineficiências se tornam mais visíveis e mais caras.

Transformar agora é mais do que atualizar sistemas. É reposicionar a seguradora para o futuro.

Como sua empresa está lidando com isso?

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Autor

Equipe Brick

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Publicado em

17 de out. de 2025

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