Destravando o gargalo na entrada: Como a IA transforma a subscrição de riscos de seguros

A entrada de submissões, ponto de partida para a subscrição de riscos, tornou-se um dos maiores obstáculos à eficiência operacional nas seguradoras. O que deveria ser um fluxo ágil e orientado por dados ainda sofre com processos manuais, silos tecnológicos e alta dependência de equipes técnicas. Nesse cenário, a Inteligência Artificial (IA) se consolida como um elemento-chave para destravar esse gargalo e transformar a fricção operacional em vantagem competitiva.

Subscrição eficiente: Mais do que uma meta, uma necessidade estratégica

Para o setor de seguros no Brasil, a transformação digital não é apenas uma questão de modernização — é um imperativo estratégico. Segundo dados da KPMG, 78% dos executivos brasileiros planejam reduzir sua base de custos em ao menos 10% até 2030. No entanto, apenas uma minoria se considera bem-sucedida em implementar transformações reais. O motivo? A combinação entre fricção operacional, baixa autonomia das áreas de negócio e sistemas fragmentados que travam a evolução.

A entrada de submissões concentra esse desafio. Trata-se do momento em que propostas de seguro são recebidas, analisadas e processadas — mas, frequentemente, o processo é lento, manual e sujeito a erros. Isso impacta diretamente o tempo de resposta, a capacidade de escala e a satisfação do cliente.

1. Fricção operacional e dependência de TI: o custo invisível da ineficiência

Grande parte da lentidão na entrada de submissões decorre da necessidade de reunir, cruzar e interpretar dados provenientes de diversas fontes — sistemas legados, e-mails, documentos digitalizados, formulários e planilhas. Essa dispersão exige esforço manual e representa um custo oculto, com impacto direto nos resultados.

Outro fator limitante é a dependência do time de TI para ajustes em regras ou fluxos de decisão. Na prática, se uma mudança for necessária — como ajustar critérios de aceitação de risco —, ela entra em uma fila de tickets, pode levar semanas e, muitas vezes, nem sai do papel. O resultado é um processo engessado, lento e sem capacidade de adaptação.

A transformação exige inverter essa lógica: dar autonomia para as áreas de negócio atuarem com agilidade e responsabilidade nos fluxos de decisão.

2. Dados não estruturados: o desafio oculto da subscrição moderna

Boa parte das submissões inclui dados complexos e não estruturados, como imagens de documentos, PDFs, fotos de veículos, atestados médicos ou declarações manuais. Sem tecnologia adequada, esses dados precisam ser tratados manualmente, o que amplia o tempo de análise e aumenta a chance de erro.

A IA — especialmente os modelos generativos (Gen AI) combinados com OCR — tem se mostrado uma solução eficaz para esse cenário. Essas tecnologias permitem:

  • Ler e interpretar documentos automaticamente;

  • Extrair dados relevantes de textos, imagens e formulários;

  • Integrar diferentes tipos de dados em uma visão consolidada para análise de risco.

Plataformas modernas já utilizam LLMs (Large Language Models) para gerar resumos inteligentes que aceleram a análise manual, tornando a investigação mais rápida e assertiva. Esse tipo de automação reduz drasticamente o tempo entre o recebimento da submissão e a decisão final.

3. Autonomia no-code: agilidade real para transformar a operação

A chave para resolver o gargalo da entrada de submissões está na autonomia operacional. Plataformas de IA com abordagem no-code permitem que os próprios times de subscrição criem, testem e ajustem fluxos de decisão — sem depender da TI.

  • Com esse modelo, as seguradoras podem:

  • Construir fluxos visuais de decisão em minutos;

  • Iterar em árvores de risco com agilidade;

  • Ajustar regras e parâmetros com poucos cliques;

  • Testar hipóteses em ambiente seguro (sandbox);

  • Controlar os limites da IA diretamente pela área de negócio.

Essa mudança coloca o controle nas mãos de quem entende do risco — e não apenas da tecnologia. Com isso, o tempo de resposta diminui, os processos ganham escala e a operação se torna mais eficiente e competitiva.

Exemplos de outros setores no Brasil, como locadoras de veículos, ilustram bem esse movimento. Empresas do setor já usam fluxos automatizados para aprovar cadastros e realizar análises de risco em segundos, buscando reduzir inadimplência e aumentar a conversão. A lógica é a mesma na subscrição de seguros: mais velocidade, mais segurança, menos perdas.

Um modelo operacional orientado ao futuro

Ao transformar o intake de submissões com IA e autonomia no-code, as seguradoras constroem um modelo operacional alinhado às melhores práticas globais: ágil, baseado em dados, com governança robusta e preparado para inovar continuamente.

Plataformas modernas oferecem:

  • Coleta e extração de dados de fontes nativas;

  • Integrações com sistemas internos e externos;

  • Análises preditivas e prescritivas com machine learning;

  • Dashboards acionáveis para tomada de decisão.

A IA não elimina o papel humano — ela o potencializa. O papel dos analistas e gestores se eleva: deixam de ser operadores de tarefas repetitivas e passam a atuar como estrategistas de risco, com apoio de ferramentas inteligentes.

Destravar o intake é liberar o potencial da subscrição

Transformar a entrada de submissões não é apenas automatizar formulários ou digitalizar documentos. É criar um processo fluido, inteligente e orientado por dados que permita às seguradoras:

  • Responder mais rápido ao mercado;

  • Reduzir perdas operacionais;

  • Elevar a experiência do cliente;

  • Aumentar a conversão e a retenção.

Quer entender como aplicar essa abordagem no seu fluxo de submissão? Fale com um especialista da Brick.

Autor

Equipe Brick

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Publicado em

15 de out. de 2025

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