A resposta para o futuro da subscrição no setor de seguros está na eliminação da fricção operacional. Em vez de processos lentos e decisões desalinhadas com a estratégia de portfólio, as seguradoras líderes estão adotando plataformas inteligentes com IA para aumentar precisão, velocidade e rentabilidade.
Num contexto de riscos crescentes, como ciberameaças, eventos climáticos extremos e incertezas macroeconômicas, a agilidade na tomada de decisão tornou-se vital. Este artigo explora como transformar a subscrição em um diferencial competitivo, alinhando tecnologia, estratégia e atuação humana.
O custo invisível da fricção operacional na subscrição
Processos fragmentados, sistemas legados e diretrizes estáticas ainda dominam a operação de subscrição em muitas seguradoras. A consequência é clara: perda de produtividade, decisões desalinhadas com o apetite de risco e erosão de rentabilidade.
Dados alarmantes do setor apontam:
26% do tempo dos subscritores é gasto em propostas com baixa ou nenhuma chance de fechamento;
Até 11 sistemas distintos são usados diariamente por subscritores para tarefas rotineiras;
73% relatam falta de visibilidade em tempo real do portfólio;
56% ainda dependem de PDFs ou planilhas estáticas para guiar decisões de risco;
55% dos executivos apontam a falta de tecnologia adequada como a maior oportunidade perdida na subscrição.
A realidade é que a maioria das seguradoras está operando com uma defasagem de 4 a 8 semanas nos dados de portfólio, um risco estratégico em ambientes voláteis.
Subscrição orientada por decisões inteligentes: um novo modelo operacional
A verdadeira transformação digital na subscrição não está apenas em digitalizar documentos ou automatizar etapas, mas em redesenhar a forma como decisões são tomadas — em tempo real, com dados atualizados e contexto de portfólio.
Plataformas modernas com IA viabilizam:
Rastreamento contínuo do desempenho de subscrição, com alertas dinâmicos ao se atingir limites de exposição;
Orientação tática baseada no portfólio, com ajustes instantâneos conforme a evolução do apetite de risco;
Negociações fortalecidas com resseguradoras, apoiadas por dados precisos e atualizados.
Esse modelo reduz os pontos cegos e previne acúmulos indesejados, conectando a estratégia à linha de frente.
IA Agente: da triagem à inteligência contextual
A chamada IA Agente representa um novo patamar de autonomia e raciocínio computacional. Diferente da automação tradicional, essa IA é capaz de:
Triar submissões automaticamente, priorizando negócios mais alinhados ao apetite e com alta probabilidade de fechamento;
Enriquecer dados de forma contextual, extraindo informações de múltiplas fontes — estruturadas e não estruturadas — e apresentando insights acionáveis no momento da decisão;
Acelerar o ciclo de cotação e fechamento, gerando ganhos substanciais em eficiência e precisão.
Segundo estudo da KPMG, seguradoras que já adotaram IA em processos de subscrição reportam ganhos superiores a 60% em eficiência operacional.
Autonomia no-code: estratégia nas mãos dos especialistas de negócio
Um dos gargalos clássicos na evolução da subscrição é a dependência da área de TI para qualquer ajuste em regras ou parâmetros. Com plataformas no-code, as equipes de negócio passam a:
Construir e testar fluxos de decisão sem escrever código;
Ajustar lógicas de risco em tempo real, diretamente na operação;
Simular hipóteses em ambientes seguros (sandbox), acelerando ciclos de melhoria contínua.
Essa autonomia permite que a estratégia de risco evolua com a mesma velocidade do mercado — um fator crítico diante das novas dinâmicas competitivas.
Implicações para o futuro do setor de seguros
A integração de IA nas decisões de subscrição não é mais uma vantagem competitiva — é uma necessidade estratégica. Relatórios da MIT Technology Review e KPMG apontam que as seguradoras mais bem-sucedidas compartilham práticas comuns:
Investimentos robustos em transformação digital;
Governança clara de IA e alinhamento com os objetivos de negócio;
Capacitação contínua das equipes para lidar com novas ferramentas.
A lacuna entre as seguradoras que lideram essa agenda e as que ainda operam sob o paradigma legado tende a se aprofundar. A transformação, como indicam os estudos, deixou de ser uma meta futura para se tornar uma condição presente de competitividade.
Menos fricção, mais estratégia
O futuro da subscrição será definido pela capacidade de converter complexidade operacional em decisões inteligentes, rápidas e alinhadas com a estratégia de portfólio.
Ao adotar plataformas com IA Agente, autonomia no-code e visibilidade em tempo real, as seguradoras ampliam o papel do subscritor — de executor de processos para estrategista de risco.
Empresas que entenderem essa virada e investirem na convergência entre tecnologia, pessoas e portfólio estarão não apenas preparadas para os desafios, mas aptas a liderar a nova era do seguro.
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Autor
Equipe Brick
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Publicado em
10 de out. de 2025




